Mudança é a única constante no Universo. Tudo muda em todo momento. A vida é baseada na mudança que possibilita o crescimento. Um dia deixaremos nosso corpo físico e a partir desta premissa, nós não podemos dizer que somos donos de qualquer coisa física. Se pensarmos que somos donos de algo, imediatamente surgirá um sentimento de resistência a qualquer tipo de mudança , causado pelo medo da perda. Portanto precisamos desconstruir este paradigma de propriedade e entendermos que somos apenas "usuários" de todas as coisa físicas e que todas estas coisas perecerão - a constante e eterna mudança.
O medo da mudança , fruto do medo do desconhecido precisa ser vencido. É no desconhecido que repousa todo o potencial criativo, de crescimento e de realizações. Precisamos passar a gostar e principalmente buscar o ar fresco do desconhecido e fugir da mesmice da rotina atrofiante da "zona de conforto".
Um pequeno livro com uma alegoria sobre ratos e queijos (Quem mexeu no meu queijo Spencer Johnson Ed. Record) ilustra muito bem a questão da mudança - recomendo a todos. A seguir apresento o "Manuscrito na Parede", parte deste livro:
O Manuscrito na Parede
A Mudança Ocorre
Continuam a Mexer no Queijo
Antecipe a Mudança
Prepare-se para o Caso do Queijo
Não Estar no Lugar
Monitore a Mudança
Cheire o Queijo com Freqüência para
Saber Quando Está Ficando Velho
Adapte-se Rapidamente à Mudança
Quanto Mais Rápido Você se Esquece
Do Velho Queijo
Mais Rápido Pode Saborear um Novo
Mudança
Saia do Lugar Assim Como o Queijo!
Aprecie a Mudança
Sinta o Gosto da Aventura
e do Novo Queijo
Esteja Preparado para Mudar
Rapidamente Muitas Vezes
Continuam Mexendo no Queijo
E para finalizar não poderia deixar de colocar o clássico poema da Clarice Lispector:
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa, mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por um tempo o estilo das roupas.
Dê os seus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira para passear livremente pela praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama… depois, procure dormir em outra cama.
Assista a outros programas de tv, compre outros jornais… leia outros tipos de livros.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas
cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos. Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, tome um novo tipo de bebida, compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental… tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios, quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar outro emprego, uma
nova ocupação, um trabalho mais light, mais prazeroso, mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.Experimente coisas novas.
Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores de que as já conhecidas, mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!
(Clarice Lispector)
Pense Diferente!
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